terça-feira, 29 de março de 2011

Não tenho medo da morte



... uma das frases mais marcantes nos últimos meses falada pelo ex-vice presidente da República José Alencar, que partiu hoje e com certeza será um exemplo de superação, determinação, ousadia, liderança e outras qualidades que os brasileiros reconheceram durante se

us 79 anos de vida.

Foi em Muriaé, que José Alencar co

meçou a dar seus primeiros passos na carreira profissional . Com 14 anos consegue seu primeiro emprego numa loja de tecidos aqui na cidade, depois, partiu para Caratinga – MG, em seguida, não parou mais, até chegar a vic

e presidência da Republica em 2002, onde permaneceu até 2010.

É motivo de orgulho saber que um muriaeense mesmo lutando contra o câncer durante 13 anos, passando por 17 cirurgias resistiu bravamente, honrando todos os compromissos como vice-presidente.

Em 2005, José Alencar esteve pela última vez em Muriaé, me lembro que foi uma festa. A cidade parou. Eu era um adolescente, mas queria vê-lo de qualquer maneira. Na época ele esteve presente em vários lugares, foi homenageado no anfiteatro do colégio Santa Marcelina, visitou um velho primo, muito conhecido como Sr. Zezinho, para comer um simples frango com quiabo em um humilde restaurante as margens da BR 116, entre Muriaé e Miradouro.

Porém, uma cena que eu nunca esquecerei, foi quando ele estava saindo do Colégio São Paulo, onde estudou na sua adolescência. Estava um movimento muito grande na porta do colégio. Jornalistas, um batalhão de seguranças engravatados de óculos escu

ros em carros da presidência da Republica com bandeirinhas do Brasil penduradas. Tudo era novidade.

Até que começaram a movimentação do seguranças; “ Atenção, o veice-presidente está saindo, preparem-se”, diziam os seguranças. Em seguida, os jornalistas procurando um melhor ângulo. Até que surge José Alencar saindo do colégio. Foi muito rápido, mas por um momento eu estava diante de um dos homens mais importantes do país, que contribui diretamente em grandes projetos. Ele não parou, entrou rápido no carro. Mas foi um momento único que jamais vou esquecer.

Hoje, quando fiquei sabendo da notícia de sua morte, me recordei dessa história, e o que vai ficar marcado não só em minha mente como na maioria dos brasileiros, é a recordação de um homem batalhador, que mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida, nunca se esqueceu dos brasileiros, sempre trabalhando com ousadia, e muita coragem, dizendo sempre; “Não tenho medo da morte”.

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