terça-feira, 22 de março de 2011

O que estamos fazendo?


Em 1994 Kelvin kater, um fotografo norte-americano foi até o Sudão registrar a miséria que existia naquele país. Relatou muitas imagens, porém, essa acima o levou a receber grandes prêmios, vários veículos de comunicação o parabenizou. Era uma realização pessoal que todo fotografo sonha em passar um dia.


Mas, depois de premiado, Kater suicidou-se. A ficha caiu! Ao meu ver, ele pensou, “ Uma fotografia vale mais que a vida?” O fotógrafo relatou que ao fotografar, esperou a criança morrer, enquanto atrás um Urubu também esperava. Várias questões foram discutidas depois de seu suicídio, como a pergunta; “Se fosse você que estivesse atrás da câmera, o que faria?” Muitos responderam que não se importaria para a fotografia e ajudava a criança. Será que ajudaria mesmo? Por que não ajuda hoje. Em uma pesquisa realizada apontou que toda comida jogada fora no mundo, mataria a fome de todo continente africano. Em pleno século xxl ainda existe muitos morrendo de fome em toda parte.


Estamos vivendo um contexto onde várias catástrofes climáticas assolam o mundo. Pessoas morrendo, ficando sem lugar para morar, perdendo amigos, familiares... Devido a tantos acontecimentos, tenho pensado muito na minha vida, no que eu estou fazendo para ajudar de alguma forma alguém que precise.


Devido a tantas tragédias, a verdade é que estamos perdendo a sensibilidade humana. Tudo é normal. Trezentas pessoas morreram na região Serrana, trezentas mil morreram no Haiti, mais de dez mil no Japão. E daí. Não me afetou em nada! Infelizmente, é o que muitos pensam, ainda que esses pensamentos estejam no subconsciente. Mas estão lá.


Até que ponto a falta de amor ao próximo pode chegar? O que isso trás de negativo? É o nosso papel como comunicadores, ou seres humanos?

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